Defesa de sócio da boate Mauro Hoffmann entrou com pedido de desaforamento no Tribunal de Justiça. Julgamento dele e mais dois réus está marcado para 16 de janeiro. Tragédia que vitimou 242 pessoas completa sete anos na próxima segunda-feira.
Mais um réu do caso da boate Kiss pediu para ser julgado fora de Santa Maria. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a defesa de Mauro Londero Hoffmann, um dos sócios da boate, entrou com pedido de desaforamento, alegando como motivo a preservação da imparcialidade dos jurados, a integridade física do réu e a segurança dos envolvidos.
O julgamento do caso está marcado para o dia 16 de março, na cidade da Região Central do Estado. Irão ao banco dos réus Mauro, o produtor Luciano Bonilha e o músico Marcelo de Jesus dos Santos.
O quarto réu, sócio da boate Elissandro Spohr, obteve o desaforamento e deve ser julgado em Porto Alegre, em data ainda a ser definida. O MP pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que Spohr seja incluído no julgamento de Santa Maria.
O pedido de Mauro foi negado pelo desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto. Mas ainda será julgado pela 1ª Câmara Criminal.
O magistrado considerou que, mesmo em caso de acolhimento do pleito, seria mantido o julgamento de um dos réus [no caso, Luciano Bonilha]. Ainda, estando a dois meses da data marcada, o pleito de desaforamento será apreciado antes disso pela 1ª Câmara Criminal, não havendo necessidade, neste momento, de suspensão do julgamento em Santa Maria.
Além de Mauro, o músico Marcelo também entrou com pedido de desaforamento, na semana passada. A liminar foi negada e o mérito deve ser julgado.
A tragédia completa sete anos na próxima segunda-feira (27). Os quatro réus responderão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo, asfixia ou outro meio insidioso ou cruel que possa resultar perigo comum, consumado 242 vezes e tentado 636 vezes.
Fonte: G1/RS
Foto: Igor Grossmann/G1 RS