Lixo não é semente!

A que ponto chega a interferência humana no meio ambiente? Em tempos de combate ao aquecimento global, diminuição de plástico nos oceanos e políticas contra o desmatamento da floresta amazônica, Sant’Ana do Livramento parece que vai contra o bem comum. Já se tornou corriqueiro os flagrantes de depósitos de resíduos em locais impróprios, alguns velhos conhecidos, como arredores do Lago Batuva, Depósito de Ramas, entre outros. Desta vez o local é no bairro Morada da Colina, na rua Manoel Cabeda Pérez. Nas imagens é possível ver uma grande quantidade de material que é despejado de maneira irregular, TV’s, fogão, máquina de lavar, som, estes são apenas alguns dos objetos encontrados neste terreno baldio que foi transformado em um depósito de lixo, causando grandes danos ao meio ambiente. Alguns moradores dos arredores que preferiram não se identificar, contaram algumas situações: “Chegam camionetes, carros, carroças, qualquer coisa que possa carregar os detritos e despejam aqui. Eu trabalho com cavalos e isso é muito ruim, machucando os cascos dos cavalos que pisam em plásticos pontiagudos. Sem falar nos bichos que aparecem, como: aranhas, cobras, ratazanas, entre outros”. A quantidade de resíduos é tamanha que somente uma limpeza com pás e carros de mão não é o suficiente. O secretário adjunto Felipe Torres comentou que é conhecido este local como
ponto de descarte irregular e que uma solução está sendo providenciada: “Nós sabemos que tem muito carroceiro que joga lixo ali, nós vamos regularmente fazer a limpeza parcial daquele local, porém a nossa limpeza dura no máximo dois dias, nós limpamos e alguns vão e sujam. O grande problema
é a falta de conscientização de alguns santanenses, que acabam tendo essa péssima atitude. Nós estamos aguardando o conserto de nossa retroescavadeira para podermos realizar uma limpeza profunda naquele local e encaminhar o lixo para o transbordo”, contou. O caminhão do lixo passa,
no mínimo, três vezes por semana em cada um dos bairros de Livramento. Regularmente, é realizado um processo de descarte ecológico de eletroeletrônicos. Então, não tem nenhum tipo de desculpa para seguir jogando lixo na natureza, que o titulo da matéria sirva de lição: Lixo não é semente.