sex, 29 de março de 2024

Aplateia Digital | 23 e 24.03.24

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Morning Call: mercados globais operam no negativo após S&P500 se aproximar de novo topo histórico

A maior parte dos mercados asiáticos encerrou a sessão desta quinta-feira com perdas, com os investidores avaliando os ganhos corporativos, a inflação elevada e as perspectivas para o setor imobiliário da China.

As ações recuaram no Japão e em Hong Kong e avançaram de forma apenas moderada na China, onde o China Evergrande Group parece afundar cada vez mais em sua profunda crise financeira. Outras incorporadoras no entanto, se recuperaram depois que os reguladores disseram que os riscos imobiliários ainda são controláveis.

Os futuros dos EUA e os recém abertos mercados da Europa operam no vermelho após uma sessão mista em Wall Street, na qual o S&P 500 se aproximou de um novo topo histórico enquanto o Nasdaq fechou em queda.

Os rendimentos do Tesouro americano de prazo mais longo avançaram. A taxa de equilíbrio de 10 anos – um indicador de onde os investidores veem as taxas de inflação anuais ao longo da próxima década – atingiu o maior nível desde 2013.

O dólar pouco mudou, o petróleo bruto opera estável e o Bitcoin recuou de seu pico histórico. Os futuros do carvão chinês despencaram em meio aos esforços das autoridades para conter os custos de energia.

Os resultados corporativos atenuaram (mas não dissiparam) as preocupações de que as pressões sobre os custos – alimentadas pela crise energética e problemas na cadeia de suprimentos – possam retardar a recuperação econômica. Os investidores também estão lutando com a perspectiva de redução do apoio do banco central e atentos às dificuldades no setor imobiliário da China.

Enquanto isso, a Food and Drug Administration dos EUA abriu caminho para as doses de reforço da Moderna Inc. e da Johnson & Johnson, enquanto a Rússia figura entre os países que intensificaram as restrições a mobilidade urbana para conter o aumento de novas infecções.

Por aqui, para bancar um aumento temporário nos programas sociais e garantir o pagamento de um auxílio pelo menos R$ 400 mensais, como quer o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quarta-feira, 20, a necessidade de uma “licença para gastar” R$ 30 bilhões fora do teto de gastos – a principal regra fiscal do governo, que limita o avanço das despesas à inflação.

Desde o início das negociações do benefício temporário para turbinar o Auxílio Brasil, foi a primeira vez que Guedes, defensor ferrenho do teto de gastos, reconheceu publicamente que precisará driblar a regra para entregar o que Bolsonaro determinou. “Seria uma antecipação da revisão do teto de gastos, que está (prevista) para 2026, ou mantém, mas por outro lado pede uma licença para gastar com essa camada temporária de proteção”, disse.

A regra do teto de gastos prevê uma revisão após 10 anos de vigência, prazo que vence em 2026. Embora o ministro tenha citado a possibilidade de antecipar essa revisão do teto, a proposta que segue na mesa é a “licença para gastar”, no valor de R$ 30 bilhões.

Rodrigo Lorenzoni diz que falta transparência e questiona necessidade de aumentar impostos

Os dados divulgados pela Secretaria da Fazenda do RS essa semana mostram que nos dois primeiros meses de 2024, a arrecadação do estado aumentou 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o governador Eduardo Leite tem insistido na necessidade de aumentar impostos,  de forma direta, aumentando a alíquota base do ICMS, ou indiretamente, através das decretos