sex, 19 de abril de 2024

Variedades Digital | 13 e 14.04.23

SETEMBROS MARCANTES

Buenas!,

 

Temos duas efemérides diferenciadas nesta semana e vocês sabem o quanto gosto delas. Aliás, tenho predileção por essa palavra tão incomum em nosso vernáculo. Já devem ter notado, mas hoje estou bastante erudito, tenha paciência…

O último sete de setembro carregou em si uma carga imensa de simbologias do passado e muitas incertezas para o futuro. Esperanças de golpe frustradas, noves fora, Brasil segue, meio desaprumado, é verdade, mas isso não é de hoje. Inclusive, sabemos que o grito do Ipiranga foi uma criação ficcional, pois Dom Pedro I não cavalgava um corcel, como mostram as pinturas históricas. Ele viajava montado em burros, considerava mais confortáveis. A atual gritaria do último dia sete, também mostrou-se uma peça de ficção, que em breve, fará parte somente dos folhetins digitais históricos. 

Agora lhes pergunto, bem informados leitores, como será, no ano que vem, o próximo setembro, quando esta data marcará os 200 anos de independência desta neófita nação? Também não sei, minha bola de cristal está turva, mas já aviso de antemão: eleições estarão no horizonte. Não preciso desenhar que possa ser mais confuso ainda, não concordam? 

Outra data marcante, mas que não deverá ser comemorada, mas sim lembrada, é o 11 de setembro, que transcorreu há exatos 20 anos. Certamente vocês já ouviram esta pergunta: onde estava no 11 de setembro? Poucos fatos históricos tiveram tamanha relevância a ponto de tornar-se um substantivo. 

Ninguém vivo, com pelo menos trinta anos e com um pingo de senso crítico consegue esquecer daquelas imagens, dos aviões chocando-se contra as torres mais famosas dos EUA. Até quem nasceu depois, ao ver os vídeos pela primeira vez, sente o impacto da queda dos dois maiores prédios de Nova Iorque e do mundo. Mas quem viu ao vivo…

Eu vi: estava trabalhando e ouvia o rádio. Prontamente liguei a televisão e pude vislumbrar, estupefato, o choque da segunda aeronave, ao vivo, ninguém me contou, nem deu tempo de editar as imagens. Já parou para pensar em tudo que aquilo representou? Eu perguntei-me na época: por que estes prédios? E concluí que havia um motivo para a escolha. Tentarei resumir, pois um assunto destes gera, há décadas, centenas de teorias conspiratórias, que permitem dedicação de horas ao assunto. Algumas delas chegam a afirmar que os aviões são fruto de edição digital, nunca bateram, e as explosões foram com bombas. Não é de hoje que a indústria das fake news tenta tomar conta dos debates…

Quanto aos americanos, dominavam o mundo. A fleuma do comunismo russo estava murcha, enquanto os chineses ainda não tinham abocanhando seu quinhão mundial. Os prédios eram símbolos do poderio e do domínio do planeta por parte dos EUA após o final da Guerra Fria, representavam o que os terroristas queriam derrubar. Com a queda, atingiram o coração do capitalismo, causando um estrago gigantesco na estrutura americana. Foi o maior atentado da história e tudo estava ali, passando em nossas telas.

Muitos filmes, documentários e livros, além de youtubers, já trataram deste assunto tão espinhoso, mas não podemos esquecer que ainda hoje sofremos consequências daqueles atos. Uma das mais recentes foi a retirada das tropas americanas do Afeganistão, invadido por ordem do Bush filho como resposta ao atentado. Invasão que não resolveu o problema daquele país, mas garantiu grandes investimentos na área militar, o setor que mais recebe dinheiro da cúpula governamental americana.

Dezenas de atentados se sucederam e vidas se perderam nos últimos vinte anos. Aquele ato friamente calculado não derrubou somente dois prédios e matou quase três mil pessoas, ele mudou a rota planetária, metafórica falando. Não somente os EUA ou o Afeganistão – ou o Iraque, que também foi invadido sob a desculpa de possuir armas de destruição em massa que, por sinal, nunca foram encontradas – sofreram com aquele ato. Centenas morreram nos atentados que pipocaram pela Europa nos anos subsequentes e milhares morreram nas invasões e na manutenção deste sistema, inclusive nas retiradas, como vimos no mês que passou. 

        Muito ainda se falará deste dia, mas, do mesmo modo que o 7 de setembro mudou para sempre a história do Brasil, o 11 de setembro mudou a conjuntura histórica do mundo. E, do alto da minha ousadia, arrisco afirmar que este dia poderá ser, futuramente, enquadrado como um dos marcos históricos, como o fim do império romano ou a queda de Constantinopla. 

      Com ponderação e parcimônia, caberá aos historiadores dos tempos vindouros, lerem cronistas como eu – entenderam a importância do uso de expressões cultas e rebuscadas nesta crônica? – para saberem onde instalar mais um marco temporal que permitirá uma compreensão da nossa história. 

     Com isto, facilitará no amanhã o entendimento do que acontece no hoje, seja uma retirada atrapalhada de um gigante, seja uma gritaria sem rumo ou independência de um bravateiro.

Mainardi defende que metade sul abrigue centro estratégico de energia limpa no estado

Em agendas nos últimos dias 15 e 16 em Pamplona, na Espanha, os deputados Luiz Fernando Mainardi (PT) e Valdeci Oliveira (PT), juntamente do empresário bajeense Sérgio Barbieri, do Diretor do Setor de Eólicas do Sindienergia-RS, Guilherme Sari, e do consultor de negócios da empresa Nordex Energy Brasil, Robertson Brito, estiveram reunidos com representantes da Nordex, empresa que fabrica turbinas,