sex, 29 de março de 2024

Aplateia Digital | 23 e 24.03.24

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Qualificação do jovem no meio rural

“A qualificação é fundamental para a permanência do jovem no meio rural”. Câmara Municipal pretende transformar antiga área da FEPAGRO em escola agrícola

A permanência do jovem no meio rural é uma discussão bastante antiga quando se fala em desenvolvimento. É sabido e notório que a realidade do êxodo rural modificou muitas paisagens no Brasil e no mundo. Não é diferente em nosso Estado, onde muitas pessoas acabaram abandonando o campo e vindo para a cidade em busca de dias melhores, novas oportunidades e melhor qualidade de vida.
Neste sentido é necessário compreender que a vida no campo tem seus prós e contras. Se por um lado a convivência com a natureza, animais com vida livre, ar puro e o trabalho com a terra são fatores positivos; por outro, a insegurança, a falta de trabalho, as distâncias, a solidão, a escassez de recurso são realmente fatores muito importantes que se considerados contribuem para essa imigração. Sem falar na falta de transporte e no ensino de qualidade.

Diante deste quadro é necessário que se desenvolvam políticas públicas que assegurem a permanência do homem rural. Algumas iniciativas estão sendo tomadas em nosso município, como é o caso da discussão em torno da criação de uma escola agrícola em Sant’Ana do Livramento, que já vem em pauta nas reuniões da Câmara de Vereadores. Segundo o vereador Leandro Ferreira, do (PT), o investimento em ensino técnico qualificado poderá contribuir, por exemplo, para formar mão de obra especializada rural, fazendo com que os jovens ao invés de irem estudar em outras cidades permaneçam em Livramento. “As escolas técnicas são fundamentais. Nós tínhamos o SENAI que, infelizmente, fechou, mas que deixou muitos profissionais formados que contribuem para a economia do município sustentando as suas famílias. E, hoje, a nossa gurizada do setor primário, que está cada vez mais crescente em todas as áreas, não tem oportunidade de receber uma qualificação profissional. Por exemplo, hoje, o produtor vai contratar mão de obra para colheita de oliveiras e é necessário buscar gente de fora porque nós não temos aqui. E aqueles jovens que querem fazer um curso de formação de ensino médio na área da pecuária precisam se deslocar para Alegrete ou São Vicente que são as mais próximas. Eles são, muitas vezes, jovens demais e precisam ficar longe de suas famílias. Por este e outros motivos é que, nesta semana, nós entramos com o pedido de ativação novamente da Frente Parlamentar Pela Instalação da Escola Técnica”, destacou.

O vereador comenta que desde que o assunto começou a ser trabalhado na Câmara, ainda na legislatura passada, a pauta unificou pensamentos de partidos de esquerda, direita e centro, demostrando que é uma vontade de todos que este projeto aconteça.
Em 2019, uma comissão formada pelos vereadores Carlos Nilo, Aquiles Pires, Leandro Ferreira e Germano Camacho, da Câmara de Livramento, encaminharam um pedido de cedência da área da antiga Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO, localizada na região da Florentina, para a instalação da escola técnica agrícola. “Nós já levamos essa pauta também ao conhecimento da 19ª CRE, do secretário de agricultura do município, Roberto Braz, e também estamos conversando com a prefeita Ana Tarouco, que já colocou este assunto nas suas pautas. Temos apoio local e estamos buscando articulações em nível de Estado, onde alguns deputados já acenaram de forma positiva. Então, nós queremos trabalhar para que todos os produtores rurais: pequenos, médios e grandes, população quilombola e demais população rural sejam beneficiadas com implantação dessa escola”, encerrou.

Rodrigo Lorenzoni diz que falta transparência e questiona necessidade de aumentar impostos

Os dados divulgados pela Secretaria da Fazenda do RS essa semana mostram que nos dois primeiros meses de 2024, a arrecadação do estado aumentou 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o governador Eduardo Leite tem insistido na necessidade de aumentar impostos,  de forma direta, aumentando a alíquota base do ICMS, ou indiretamente, através das decretos