Trata-se de um pequeno felino , Gato-Maracajá, nativo que habita florestas e permanece a maior parte do tempo em árvores, tem uma pelagem de coloração amarelo – dourado com rosetas escuras dispostas principalmente nas laterais do corpo, com uma aparência bem parecida com o gato–do-mato-pequeno e pesa cerca de 3 kg.
A descoberta foi feita em maio pelo biólogo e pesquisador Marco Adriano Tortato, doutor em Ecologia e Conservação da Natureza, que têm trabalhos publicados sobre a espécie e agora desenvolve uma pesquisa sobre javalis com apoio do ICMBio-Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã.
“Leopardus wiedii , ou gato-maracajá, é uma espécie ameaçada de extinção e não tínhamos até agora seu registro aqui. É a ocorrência mais ao sul do Brasil que se têm notícia ”, relata surpreso Raul Paixão Coelho, analista ambiental e chefe da Área Protegida.
Raul explicou que a presença de raras espécies de topo de cadeia alimentar é um dos indicativos que a atividade de criação de gado em pastoreio extensivo no pampa pode ser aliada da conservação ambiental, “e os produtores rurais devem se orgulhar disso!”, enfatizou.