sex, 19 de abril de 2024

Variedades Digital | 13 e 14.04.23

A rotina e os desafios de quem está na linha de frente em tempos de Coronavírus

Os cuidados, mudanças e adaptações para enfrentar a pandemia

Com o primeiro caso de Coronavírus (COVID-19) no Brasil registrado no final de fevereiro, um enorme sinal de alerta foi acionado no país. O vírus, que surgiu na China ainda em 2019, rapidamente se espalhou ao redor do mundo provocando uma onda de medo e insegurança. Quase que de forma unânime, as autoridades recomendam que as pessoas redobrem os cuidados com a higiene e que evitem sair às ruas.
De volta às terras tupiniquins, as medidas mais severas foram adotadas pelos governadores dos estados que, através de decretos, buscaram restringir o número de pessoas nas ruas.
Em Sant’Ana do Livramento, o procedimento foi o mesmo, comércio fechado, festas e eventos públicos e privados também foram proibidos. Entretanto, alguns serviços, classificados como essenciais, mantiveram-se ativos ininterruptamente exigindo de seus colaboradores uma dose a mais de coragem.

Cândida Pötter (Foto: Murilo alves/AP)

O Jornal A Plateia foi atrás desses personagens. A primeira é a Enfermeira Coordenadora do setor de Triagem do COVID-19 da Santa Casa de Misericórdia de Livramento, Cândida Pötter. Em atividade na área há 15 anos, a Enfermeira conta que, por estar diretamente exposta ao ambiente hospitalar e, consequentemente, mais próxima de pessoas possivelmente contaminadas, algumas mudanças precisaram ser feitas em sua rotina. “Ao chegar do trabalho eu garanto que toda roupa e calçado que usei na rua vá imediatamente para lavagem e antes de ter contato com minha família, tomo banho”.
O tradicional mate em família também precisou ser suspenso, mas mesmo precisando abrir mão de momentos como esse, Cândida diz que encontra motivação no amor que tem pela profissão. “Esta é nossa missão, cuidar da saúde e necessidade das pessoas. É muito bom ter oportunidade de servir as pessoas num momento delicado a todos”.
Desta forma, a enfermeira destaca o apoio da família para lidar com o momento difícil. “Tenho dois irmãos também trabalhando na área (da saúde), suas rotinas me dão coragem. Nossa equipe de trabalho atua sempre com mais de um buscando ao máximo, calma, atenção e cuidados para evitar exposições desnecessárias. Penso que não sou a única pessoa a ter que estar exposta e neste momento posso ajudar as pessoas”.
Quem também redobrou a atenção foi o Soldado da Brigada Militar (BM), Luis Couto, que integra a corporação desde 2006. Como o ofício exige a constante presença nas ruas, a saída é se proteger, para isso, Couto comenta que passou a utilizar máscaras de tecido, bem como a proteção de acrílico fornecida pela BM.
Em casa, os protocolos de saúde também são seguidos. “Trocar o uniforme e retirar o equipamento longe dos familiares potencializa a segurança de todos no recinto”, aponta. Com as medidas adotadas, o soldado afirma que cumpre a sua função com a importância social da necessidade de zelar pela segurança em mente e destaca o apoio da comunidade que, desde o início da pandemia, colabora fornecendo luvas e máscaras aos efetivos policiais.

Euler e Luis(Foto: Murilo alves/AP)

O soldado também observa a importância dos cuidados com a cabeça. “Busca-se evitar um acesso excessivo das mídias relacionadas à pandemia, atividade física e ocupação da mente para ter uma saúde mental equilibrada”.
Outro caso de quem também tem as ruas de Livramento como escritório é o do Taxista, Mauro Netto, no ofício há oito anos. O motorista aponta a queda no movimento e o aumento nos cuidados com a saúde como principais mudanças em sua rotina profissional. Esses cuidados também entram em casa, onde Netto tem a mãe, uma senhora de 80 anos de idade, integrante do grupo de risco da doença.
Perguntado sobre a motivação para continuar trabalhando, Netto diz que não tem opção, mas que encontra forças em ver os colegas ajudando uns aos outros. “Não vou dizer que não é complicado, mas temos que fazer jus à nossa profissão. Tendo em vista que somos um meio de transporte de passageiros, não podemos deixar clientes que dependem direta ou indiretamente do táxi. Vamos para essa batalha com as armas que temos. Muitos de nós trabalham de dia para comer à noite e não podemos nos dar o desfrute de fazer parte desse isolamento. Temos fé em Deus que tudo isso em algum momento vai passar”.

Murilo Alves
muriloalves@jornalaplateia.com

Morning Express

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Menor é apreendido pela Força Tática com motocicleta com adulteração de características

Na tarde desta quinta-feira (18), um menor de 16 anos foi apreendido após ter sido abordado em uma motocicleta uruguaia, no bairro Armour, em Sant’Ana do Livramento. A equipe do Canil da Força Tática da Brigada Militar realizava patrulhamento nas imediações da Av. Manoel Prates Garcia, no bairro Wilson, quando avistaram uma motocicleta vermelha com um tripulante a bordo, e