sex, 29 de março de 2024

Aplateia Digital | 23 e 24.03.24

Última Edição

Colegas do taxista esfaqueado oito vezes realizam manifestação pedindo paz e segurança

MARCELO PINTO/AP

A investigação trabalha para apurar autoria do crime

Aconteceu na manhã dessa sexta-feira (21), uma manifestação dos taxistas, motoristas de aplicativo e motoboys solicitando segurança e paz para os trabalhadores da categoria. A concentração iniciou na rua dos Andradas, próxima à Escola Maurício Cardoso, por volta das 8h, com grande número de veículos dos dois lados da fronteira reunidos no local.
A carreata iniciou na rua Rivadávia Corrêa indo até a avenida Almirante Tamandaré, passando pelo Largo Hugolino Andrade e seguindo em direção à rua dos Andradas até a esquina da rua Brigadeiro Canabarro, onde os veículos acessaram a avenida João Goulart realizando bloqueio na frente da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento. Outro grupo de taxistas continuou até a Barão do Triunfo e ingressou pela João Goulart até a frente da DPPA bloqueando assim o trânsito totalmente.

Com buzinas e pedidos de justiça, o grupo aguardou alguns minutos em uma tentativa de conversar com a delegada Giovanna Müller, quando foram informados de que ela não estava no local. Os participantes do protesto fizeram, então, uma oração e um minuto de palmas.
A seguir, contando com o apoio de taxistas de Rivera, foram até a sede do Grupo A Plateia, onde estavam concedendo entrevista à Rádio RCC o Comandante do 2º RPMon Ten. Cel. Otero e a Delegada da Polícia Civil Giovanna Müller. Mais de 40 veículos aguardaram a saída dos entrevistados para pegar uma informação oficial sobre o caso de seu amigo.
Otero conversou aproximadamente 20 minutos com os taxistas e os convidou para uma conversa no Batalhão com mais calma sobre a situação. A Delegada comentou que trabalha com os três principais suspeitos, de quem foram realizadas coletas de materiais biológicos para apurar a autoria do fato.

Relembre o caso

Continua internado em estado grave na U.T.I. da Santa Casa de Misericórdia, o taxista Rudiney Martins, que na madrugada do dia 19 sofreu um assalto durante uma corrida no bairro Wilson e acabou sendo esfaqueado. Segundo informações repassadas por um colega de Rudiney, o fato teria acontecido por volta de 3h, quando o taxista teria sofrido oito perfurações. Após ter sido esfaqueado, ele conseguiu se comunicar com os colegas pelo rádio sobre o incidente e foi socorrido pelos próprios taxistas e levado às pressas para o hospital. O fato teria acontecido nas proximidades do Parque São José.
Segundo Informações, quando os colegas chegaram ao local, avistaram o táxi com a porta do motorista aberta e dentro do veículo ainda estava o celular da vítima, bem como a sua carteira. No local havia uma grande quantidade de sangue e um grupo de aproximadamente sete taxistas. A principal testemunha relatou que encontrou o taxista ainda com a faca cravada no corpo e que a retirou, deixando-a no chão e, na sequência levou a vítima para a Santa Casa.

O taxista e colega de Rudiney comentou como foi ser um dos primeiros colegas a chegar no local: “Nós recebemos um chamado de socorro no rádio e ficamos atentos, quando Rudiney conseguiu passar sua localização, rapidamente fomos lá e conseguimos colocá-lo em um de nossos carros e saímos correndo para a Santa Casa. Os colegas iam na frente e bloqueavam as esquinas para evitar que o carro diminuísse seu ritmo, foi arriscado colocá-lo em um carro, mas se fossemos esperar pelo socorro, talvez estivéssemos falando de uma tragédia”, conta.
“Poucas horas antes do fato estávamos tomando refrigerante com cachorro-quente. Eu já retornei para o trabalho na noite, a sensação de medo é grande, tenho família, o que vou fazer se acontecer alguma coisa?, questiona Vitor.

Caso Luan em 2013

Um caso semelhante ocorreu em 2013. Luan Barcellos confessou ter assassinado seis taxistas no Rio Grande do Sul, foi detido no dia 13 de abril de 2013, em Porto Alegre. Os crimes foram cometidos em sequência, a partir do final de março daquele ano. Na madrugada do dia 28, o jovem assaltou e executou três taxistas em Sant’Ana do Livramento, na Fronteira Oeste, sua cidade natal. Dois dias depois, viajou de ônibus para Porto Alegre e repetiu a série de três homicídios. A condenação dada a Luan no julgamento pelos seus crimes, atingiu 124 anos de reclusão.

João Victor Montoli – joaovictor@jornalaplateia.com

MARCELO PINTO/AP

Rodrigo Lorenzoni diz que falta transparência e questiona necessidade de aumentar impostos

Os dados divulgados pela Secretaria da Fazenda do RS essa semana mostram que nos dois primeiros meses de 2024, a arrecadação do estado aumentou 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o governador Eduardo Leite tem insistido na necessidade de aumentar impostos,  de forma direta, aumentando a alíquota base do ICMS, ou indiretamente, através das decretos