sex, 29 de março de 2024

Aplateia Digital | 23 e 24.03.24

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Luiz Peniza “Por onde passei tive pessoas que me ajudaram. Isso não tem preço”

O tênis de Livramento vibrou com uma noticia esta semana. Um de seus filhos ilustres, hoje técnico renomado, foi convocado para integrar a equipe brasileira que vai jogar a zonal Americano 1 da Fed Cup, em Medelin, Colômbia. Luiz Peniza, hoje técnico da ADK Tennis, em Irajaí-SC. O garoto que começou no tênis aos seis anos alcançando bolas no Clube Campestre para os professores Batata e Everaldo, hoje é um técnico consagrado e que lidera um grande projeto com o tênis feminino que é referência no Brasil, além de outras atividades junto a CBT.

A história

O sucesso de hoje não faz o técnico esquecer as origens ainda mais vivas na memória de Manico, apelido carinhoso que recebeu na época de garoto. “ Comecei a jogar tênis no clube campestre com seis anos com o Batata e o Everaldo. Com 14 anos comecei a treinar no LTC com o Oscar Cortes e o Joni Aranda, nessa idade comecei a ajudá-los a lançar bolas na escolinha e com 18 anos assumi como treinador ao lado do Joni” lembra ele.
A primeira grande experiência como técnico com seu primeiro atleta de referência a nível de Brasil foi com o amigo Bruno Savi. “Com 19 fui morar em Bagé porque precisava iniciar a faculdade e com 20 passe a integrar a equipe de treinadores do Avenida Tênis Clube de Santa Maria, um dos melhores clubes do interior do estado a quem devo muito por todo o suporte que eles me deram desde de informação de qualidade como aprender a lidar e gerir grupos maiores de jogadores.
Concluído o curso de educação física na Fames em Santa Maria, Luiz foi para Barcelona por nove meses onde trabalhou na academia Sánchez Casal e fez um pós graduação em treinamento esportivo de alto rendimento. “Voltei ao Brasil para trabalhar no Instituto Gaúcho de Tênis, projeto de excelência patrocinado pela Gerdau, ali foi que comecei a ter minhas primeiras experiências em competições fora do Brasil. Quando o projeto do IGT finalizou passei a integrar a equipe da ADK TENNIS em Itajaí onde estou até hoje” ressalta o técnico.
Luiz resume sua trajetória numa frase, “Por todos os lugares por onde eu passei tiveram pessoas com muita experiência que me ajudaram muito a me desenvolver como pessoa/treinador e isso não tem preço”.

ENTREVISTA

A Platéia: Como você recebeu mais este convite ?
Luiz Peniza: Fiquei muito feliz quando soube, porque acredito bastante que o desenvolvimento de um treinador se deve através das experiências nas quais ele vivencia.E essa é muito especial porque você representa o seu país, e sempre tem aquele sentimento diferente, já trabalhei como técnico nas categorias de base em sul americanos e mundiais, e agora terei minha primeira participação em uma equipe profissional.
A Platéia: E este prestigio que você detêm junto a CBT e aos demais técnicos como a Roberta Burzagli ?
Luiz Peniza: Uma grande parcela da minha experiência como treinador se deve ao número de oportunidades que foram geradas pela CBT. Acredito que o prestígio que eu estou adquirindo foi pela dedicação que eu coloco naquilo que eu faço. As Ações da CBT me desenvolveram como treinador, e venho cada vez mais me reinventando para evoluir e continuar tendo mais experiências.
A Platéia: E a expectativa para participação brasileira na Fed Cup, em Medellin?
Luiz Peniza: O objetivo esse ano é classificarmos no zonal americano, ano passado a equipe teve um excelente desempenho mas não conseguiu a classificação. Esse ano vamos em busca de conseguir esta vaga que é muito importante para o tênis brasileiro.
A Platéia: Como é estar a frente deste projeto com o tênis feminino e ser referência nacional ?
Luiz Peniza: Uma satisfação enorme em poder contribuir com o projeto tênis feminino, mas também muito consciente de que temos que deixar um legado nesse primeiro ano de trabalho com muito foco e dedicação nas estratégias de ações que iremos utilizar.
A Platéia: Como você avalia o cenário do tênis brasileiro, especialmente na base ?
Luiz Peniza: Hoje temos um cenário favorável no ranking juvenil mundial onde temos 7 jogadores entre os top 100, e somos o 2o país atrás da França como maior número de jogadores entre os TOP 100.
No ranking juvenil feminino temos um cenário desfavorável hoje, onde não temos nenhuma jogadora entre as TOP 100, e isso nos mostra que precisamos olhar com mais atenção quando se trata de desenvolvimento de jogadoras. Para mudarmos esse quadra precisamos de ações para aumentarmos o números de praticantes no feminino desde de a iniciação, e trabalharmos fortes com os novos talentos que estão surgindo nos 12/14/16 anos.
No ranking ATP/WTA divulgado na última semana o Brasil está sem jogadores no top 100, mas temos um número significativo de potenciais jogadores que podem figurar entre os 100 melhores jogadores/jogadoras do mundo.
Nas categorias de base desde tênis kids até 14 anos temos um número bom de jogadores a nível de Brasil, contamos com vários clubes/academias/centros de treinamento que realizam um excelente trabalho de formação, e isso é essencial para que possamos ter mais jogadores/jogadoras com potencial e com chances de se inserirem no circuito profissional. A CBT vem promovendo muitas ações para desenvolver o tênis no Brasil, e eu tenho convicção que isso irá gerar bons frutos.
A Platéia: Como está sua vida hoje em Itajaí. Qual sua rotina de trabalho ?
Luiz Peniza: Eu trabalho na ADK TENNIS Itajaí/SC, uma escola de tênis/Centro de treinamento parceiro da CBT, sou coordenador técnico da ADK e desenvolvemos um desde a formação até o profissional, e também trabalhamos com inserção de jogadores para o tênis universitário nos Estados Unidos.
A Platéia: E os amigos do tênis, especialmente aqueles lá do inicio aqui em Livramento, você ainda tem contato ?
Luiz Peniza: A minha trajetória como jogador foi sempre em Livramento e a minha como treinador também iniciou aí, tenho contato com muita gente, sou um apaixonado pela minha cidade. Temos dois clubes na cidade nos quais tenho grandes amigos, não vou citar aqui porque se não vai ficar muito longo (risos) mas são pessoas que eu considero muito.
A Platéia: E seu trabalho como técnico, o que você ainda projeta como objetivo profissional?
Luiz Peniza: Eu vivo muito o momento, coloco a minha energia nos projetos que estou desenvolvendo, e se conseguir realizar bons trabalhos as oportunidades irão surgir para eu me desenvolver mais.

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